quarta-feira, 14 de julho de 2010

UM POUQUINHO SOBRE BIRIBIRI . . .


Em meados de 1870 o então Bispo de Diamantina Dom João Antonio Felício dos Santos resolveu fundar uma fábrica de tecidos para empregar as moças pobres da região de Diamantina e arredores. A idéia de montar em Biribiri, essa fabrica, aproveitou-se da existência de uma queda d'água no local. Assim iniciaram-se as construções dos galpões (onde funcionaria a fábrica), as casas dos operários, o pensionato, o armazém e a escola.


A Igreja foi financiada e construída pelas próprias moças, que nas horas vagas garimpavam e com a venda do ouro e diamantes conseguiam dinheiro. O sino da igreja foi fundido na própria fábrica e o relógio foi doado pela família real portuguesa a Dom Felício dos Santos.


Em 1876 a fabrica estava pronta. Foi montada com maquinário vindo de Massachutes-EUA (eram trazidos no lombo das mulas ou em carros de boi). De 1876 a 1921 a Arquidiocese de Diamantina tinha o poder sobre Biribiri até ser vendida a particulares. Hoje a Fabrica de Tecidos Estamparia S.A administra a bela propriedade perdida nas montanhas de Minas.
A fábrica de tecidos funcionou ali ate 1973, quando foi desativada por econômicas: o acesso era difícil, as estradas em péssimas condições.
No auge do anos 50 a Companhia Industrial de Estamparia mantinha ali 1200 funcionários. A pequena cidade era abastecida de açougue, armazém, bar, quadra de esportes, refeitório, medico, dentista, clube social, alem da igreja , do pensionato, e das casas dos operários que funcionavam em casarões coloniais pintados de branco e azul.


Seu conjunto arquitetônico é datado da época do desenvolvimento industrial de Minas Gerais. O patrimônio natural é único. O relevo acidentado beneficia rios e nascentes de água cristalinas, como a Sentinela e Cristais. Entre suas riquezas naturais estão, matas virgens pedreiras gigantes, pinturas rupestres, campos de sempre-vivas, são 18 mil hectares de verde, equilíbrio natural e biodiversidade.